quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lua

Ela olha para o seu silêncio e isso arrebata o seu coração...
Inexplicavamente, momentos fluiem por entre sonhos que parecem se concretizar ao som do vento leve e sereno.
Quer mais, muito mais...
Acalma seu impulso, contêm-se a cada dia que passa. Não quer mais isso, precisa saber, sentir muito mais... é inevitável!
Aguça-lhe o desejo de um luar que lhe garanta que aquele brilho de magia se torna só seu!
Sensação insegura de algo que se manifesta para si de forma circunstâncial...
Quer e precisa que seja seu... hoje, agora! Sempre...
Estabiliza suas vontades e espera que o luar venha um dia para si.
Encontra-se com ele, admira-o e subtilmente fechas seus olhos e sonha com novos dias assim, de pura realização...
Pede que seja bom, o futuro incerto..
Gosta de ti, oh lua brilhante... não te escondas mais!
Um salto para a lua...
Ela será tua...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nós!

Tempo que passa, tempo que fica... Tudo se vai, por tempos ou não...
Tudo foge, tudo regressa...
Sentimentos de amor ou desilusão?!
Sorrisos que se escondem, olhos que brilham...
Tudo se expressa, tudo fica em silêncio!
Sonhos que se realizam, sonhos irreais!
Tudo tem duas direcções...
Sentimento de alegria ou tristeza?!
Tempo que passa, tempo que fica, mas que não quer ficar...
Tempo que se conjuga no passado, mas não consegue ser o amanhã.
Sonhos escondidos que ficam presos no medo...
São tudo dúvidas...
No querer ser ou no querer estar...
São tudo dúvidas...
Seguir em frente ou parar?
Ser o anoitecer? Ser o amanhecer?
Ser o sol ou ser a lua?
Pensar ou seguir o coração?
Sobreviver ou lutar?
Pedir ajuda ou recolher a mão?
Noite que fica neste pensamento que o tempo sempre passa, enquanto pensamos demais, sorrimos de menos....
Amanhacer que não nasce, nas lágrimas que brotamos e nas menos coisas que admiramos...
Sonhos que queremos sonhar, lutas que não enfrentamos...
Somos o anoitecer, deviamos ser a noite no amanhecer...
Somos assim...
Perdidos em nós mesmos, porque sempre achamos que nós somos tudo...
Não somos nada...
Tudo nasce...
Tudo é...
Tudo morre!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sem saída!

Passeando por caminhos verdejantes, junto a um pequena ribeira de água saltitante e pura, ela pensou no que poderia perder se um dia arriscasse!
Olhou para si mesma e viu qualidades tão nítidas como essa água que lhe fazia companhia, achava que podia mais, merecer muito mais, mas naquele instante isso não importava, não havia saída... Sentia-se envolta pelo tempo e pela estranha senseção de prazer...
O sol por entre os laços das árvores fizeram-na questionar se iria conseguir sair daquele enlace circunstâncial...
"Sem Saída", pensou...
"Sem Saída", sorriu...
Estava tão perto da magia que o vento leve faz sentir... um breve arrepio, uma doce carícia, um pensamento marcante!
Não fazia mal, pois ela só queria mesmo sentir-se feliz...
Arriscou, não havia saída...
Segue a sua caminhada, sem saber o que irá acontecer agora ou nesse futuro tão presente...
Quer uma saída segura... Não pede muito mais, apenas que seus olhos consigam saber que essa é a saída que tanto anseia.
Sem saída... por agora...
Sem saída...