sexta-feira, 1 de março de 2013

Gostar de Mim

Estes dias que passam, com encontros e desencontros são caminhos percorridos em marcha solitária mas cheia de alguém. Este ou aquele que passa e que se cruza por mim, me dirige a palavra espontâneamente pensada com frieza, faz sentir em mim a subtileza do que sou e da capacidade profundamente guardada de conseguir sorrir, de ser capaz de escutar e de olhar permanentemente aquilo que mais me repugna e enoja.

A cada segundo que passa, olhando bem para este percurso, não duvido que exista algures um espaço onde tudo é perfeito!  Aqui, onde o Sol se esconde a todas as noites e se enaltece todas as manhãs, já não existe lugar algum onde se veja uma real simplicidade e franqueza.
Este lugar feito de seres transeuntes que ignoram a maldade uns dos outros, que passam ombro por ombro e não querem saber daquele olhar que já foi!

Quando me sento em mar azul, em céu claro e fecho os olhos... respiro. Respiro de novo bem mais fundo! É então, em introspecção, que me tento conhecer, onde me julgo, onde me procuro!
É aí que sei quem sou, porque cá estou e para onde vou.
É aí que gosto reamente de mim...
Porque aquele outro que se cruza por mim, faz-me tomar consciência do que sou.
Mas estes valores que fazem parte da minha alma, criam aquela sensação de injustiça e de impotência! Os mesmos valores que me fazem acreditar que gostar de mim é bem mais fácil do que eu possa imaginar!

Porque eu sei sentir tudo até ao último instante, porque eu sei sentir tudo com grande emoção, porque cuido de mim para cuidar de ti e daquele outro também...

Porque sou emocionalmente racional e dou tudo de mim... Sei...

Em pensamento sei... Que quanto mais conheços os outros... mais gosto de mim!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Perseverança!

Neste sentido absoluto de evolução que decorre permanentemente durante este "longo treino" a que, sem saber porquê, apelidamos de vida, existem momentos em que uns se encorajam enquanto outros lutam por não desistir. Esses momentos onde tudo indica o lado oposto, aquele que não entendemos, mas que tem uma forma maior... Parece puxar para trás! A perseverança em meditar sobre como sair desse estado sonambúlico intermédio entre o querer ou o não querer, entre o avançar ou recuar, entre o fazer e o deixar de fazer...
Este longo treino que nos mostra que nada é tão simples e que os sonhos são coisa de menino ingénuo! O sonho que todos têm em poder isto ou aquilo e que na maioria das vezes é inatingível...
Nesta vida que tanto nos ensina a ver a realidade, existe um esconderijo difícil de encontrar e que se chama inteligência em perceber que a realidade exige de nós muito ,menos do que aquilo que julgamos! Ficamos demasiado concentrados em lutar contra os outros com todo o arsenal que nos enche a bagagem!
Quem apenas se concentra em si próprio deixa a capacidade de entendimento... Exige tanto de si ficando cego e sem saber sentir que precisamos todos uns dos outros! Esses que tentam sempre ser mais destros deixam de conseguir ver como é fácil conseguir a satisfação de se atingir mais elevado, de triunfar, de vencer, de forma subtil!
Para tudo é necessário perseverança, mas com honestidade, integridade e sapiência!
Sair desse estado hipnótico entre o saber ou não saber, entre o ter e o não ter... Um grande entendimento de quem somos e do que objectivamos para um dia sermos esse alguém que tanto ingenuamente sonhamos!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Juramento

"Prometo que, ao exercer a arte de curar me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.
Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me foram revelados, o que terei como preceito de honra.
Nunca me servirei da porfissão para corromper os costumes ou favorecer o crime.
Se eu cumprir esse juramento com fidelidade, goze eu a minha vida e a minha arte boa reputação entre os homens e para sempre.
Se dele me afastar ou infringi-lo, suceda-me o contrário."

Hipócrates

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Fácil!

Não é fácil...
Escrever sobre isto que agora vai no palpitar do meu peito...
Expressar todas as confusões que me fazem sentir e ser alguém que não gosto de olhar!
Não é fácil dizer que se erra, no ontem ou no hoje, e ter a capacidade de mudar rápidamente.
Fácil é fugir achando que a corrida me fará esquecer... Mas a cada passo apressado reparo então que os pensamentos não se dissiparam e que tudo se encontra igual...
Aquelas coisas que digo, aquelas coisas que não são maduras e que me tornam decandente... fazem rolar revoltadas lágrimas sobre o meu rosto, onde a vergonha se instala.
É fácil achar que a forma mais certa para amar é o significado de incondicional...
Mas o amor não é isso. O amor não é a procura do mais forte, mas sim a procura do equilíbrio entre ambos os lados... O amor não é mostrar a raiva e não saber esconder aqueles pensamentos destrutivos que tantas vezes ocorrem incentivados pelas experiências que continuam naquela mochila que nunca conseguimos largar... O amor é a ponderação extrema e máximo controlo sobre nós mesmos para não manchar o fio condutor de um coração ao outro.
Nem sempre sinto estar à altura deste gigante desafio. Por vezes sinto que a exigência a que me proponho faz-me ingressar num deslizar de emoções que não fazem parte deste presente.
Não é fácil saber amar...
Mas é fácil deixarmo-nos amar...
Talvez seja altura de me deixar presentear pelo teu amor sem colocar restrições, sem nunca mais pensar que não sou suficientemente boa pessoa para me ter tocado um grande amor.
É sempre mais fácil escrever... Mas prometo... Prometo muito... mesmo não sendo fácil, eu irei saber desenhar esta vontade que aqui escrevo.
Porque não há sentimento mais bondoso e forte no meu coração, posso declarar este meu Amor...
E por isso... e por isso é fácil dizer-te... AMO-TE!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sem sentido...

Aquela noite de trevas, que rapidamente chora sobre a escuridão, atravessa e espanta a tranquilidade do senso comum, da normalidade!
Sem saber para onde ir, para que lado fugir, fica imóvel no mesmo mundo que apunha-la agora o seu coração!
Deambulante por paisagens lindas mas que não lhe fazem qualquer sentido... não assim, não daquela forma, não sobre aquele olhar lavado!
O medo impõe-se... como se o chão fosse desaparecer e engolir de uma só vez uma única existência!
Com aquele sentir, com aquele recordar... que agora se torna distante e inatingível, fica apenas o desespero por nada fazer sentido!
Escuridão que agora permanece...
Aquela noite que se ergue alta e de poder... extravasa todo o sentido que tantas vezes existiu e viveu preenchendo o sorriso e o olhar. Olhos enternecidos pela esperança trazida pela inesperada oportunidade de ser feliz!
Todo aquele jeito, todas aqueles momentos, o caminhar marcante, o olhar menino...
Onde estás?
Sem sentido os dias que agora virão!
Decadentes... Não espero!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O meu Tempo!

Este tempo, que agora tenho, não tenho... Que é meu agora, que já não é meu de todo!
Este meu tempo que condiz com o zoar do vento! Ora mais suave, ora mais agressivo e veloz!
Tempo cativo no meu espírito, eterno insatisfeito....
Que ensina, que também engana...
Que me permite o desabafo, que me ajuda a esquecer...
O tempo de sobreviver, que me deixa sem tempo do real viver!
Prolonga-se a ansiedade do tempo em que se perde ou se ganha, sem que seja senhora desse tempo que agora tenho, não tenho...
Mas sei, porque o tempo me ensinou, que não há tempo que se possa perder. Se há tempo que corre é este, o de agora, o "tempo vento"... Vento veloz, vento violento, sempre suave eterno vento!
É por tudo isto, que se o tempo não fosse aquilo que é, o meu tempo não seria o tempo que é agora é meu, mas que não é meu, de todo!
Um dia, quase sem que sinta o passar do tempo, vou ter tempo para ensinar a outros tempos, o que o tempo realmente é!

 

sábado, 19 de março de 2011

São simplesmente coisas!!!

São coisas, estas que ninguém entende...

São coisas que são porque são, ou que não deveriam ser o que são!
Coisas, que coisas são?!
Não passam de coisas, e que outras coisas serão?!
Podem ser coisas, e por muitas coisas que sejam, nunca de coisas passarão!